O Circo Garcia, honrando o título que ele próprio se concedeu, foi o circo brasileiro de maior longevidade. Fundado no ano de 1928, em Campinas, por Antolin Garcia que decidiu investir nas atividades circenses após adquirir experiência como ator no circo de Benjamim de Oliveira. E baixou de vez sua lona no ano de 2002, em São Paulo, à véspera de completar 75 anos.
No final dos anos 40, antecipando por quase uma década mudanças que ocorreriam nos picadeiros brasileiros, o Garcia deixou de ser circo-teatro e tornou-se circo de variedades. Sempre primou pela presença de animais em seu espetáculo, colaborando inclusive com zoológicos de várias cidades brasileiras.
Nas últimas décadas, o Circo Garcia constituiu grupo numeroso de chimpanzés e orgulhava-se de ser um dos poucos locais do mundo em que esses animais procriavam em cativeiro. Percorreu várias vezes todo o território nacional e países vizinhos como a Argentina e o Uruguai e, de 1955 a 1965, com o nome de Circo Brasil, excursionou por quatro continentes: América do Sul, América Central, África e Ásia.
O encerramento de suas atividades causou pesar em todo o país, mostrando que Garcia, o rei do circo, continua vivo na memória de um grande elenco de artistas que fizeram parte da companhia e do respeitável e grande público que prestigiou suas apresentações.