04/08/2015

Da brincadeira à profissão


Ainda pequena, a criança circense aprende a profissão e já começa se apresentando no picadeiro. Ela se aperfeiçoa às modalidades técnicas, esbanja graça, garra, desenvoltura e elegância diante de seu público. A criança de circo tem uma vida totalmente diferente das crianças de cidade.

Na cidade elas estudam sempre nas mesmas escolas. A criança do circo muda sempre de escola todo mês. Na cidade as crianças convivem sempre com os mesmos amigos a vida inteira. No circo as crianças fazem sempre novos amigos a cada vez que o circo muda de localidade.

Da brincadeira surge a profissão.
No circo ou na cidade criança gosta mesmo é de brincar, e os brinquedos são os mesmos em todos os lugares do mundo, só que no circo muda um pouco o jeito de brincar. Na cidade as crianças brincam de bola, pula corda, bicicleta, balanço e gangorra.

As crianças de circo brincam de uma maneira diferente que a brincadeira acaba virando profissão. Em vez de pular cordas, elas brincam na corda bamba; elas fazem com bolinhas, malabarismo; e o balanço vira trapézio; a bicicleta vira monociclo; a gangorra vira plataforma de equilíbrio e as brincadeiras de pular viram saltos acrobáticos.

E assim o circense vive sua vida, se divertindo e ao mesmo tempo levando alegria e diversão a diferentes povos de  todos os lugares, dos grandes centros urbanos, aos mais distantes povoados. E para não deixar sua arte morrer, transmite seus conhecimentos de pai para filho como uma herança. As crianças aprendem com seus pais, avós, tios, primos e irmãos. Portanto pode-se acreditar que a arte circense jamais morrerá, pois enquanto uma estrela no céu brilhar e na terra uma criança existir, sempre haverá circo.
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