Ainda pequena, a criança circense aprende a profissão e já começa se apresentando no picadeiro. Ela se aperfeiçoa às modalidades técnicas, esbanja graça, garra, desenvoltura e elegância diante de seu público. A criança de circo tem uma vida totalmente diferente das crianças de cidade.
Na cidade elas estudam sempre nas mesmas escolas. A criança do circo muda sempre de escola todo mês. Na cidade as crianças convivem sempre com os mesmos amigos a vida inteira. No circo as crianças fazem sempre novos amigos a cada vez que o circo muda de localidade.
Da brincadeira surge a profissão. |
As crianças de circo brincam de uma maneira diferente que a brincadeira acaba virando profissão. Em vez de pular cordas, elas brincam na corda bamba; elas fazem com bolinhas, malabarismo; e o balanço vira trapézio; a bicicleta vira monociclo; a gangorra vira plataforma de equilíbrio e as brincadeiras de pular viram saltos acrobáticos.
E assim o circense vive sua vida, se divertindo e ao mesmo tempo levando alegria e diversão a diferentes povos de todos os lugares, dos grandes centros urbanos, aos mais distantes povoados. E para não deixar sua arte morrer, transmite seus conhecimentos de pai para filho como uma herança. As crianças aprendem com seus pais, avós, tios, primos e irmãos. Portanto pode-se acreditar que a arte circense jamais morrerá, pois enquanto uma estrela no céu brilhar e na terra uma criança existir, sempre haverá circo.