04/05/2016

A cultura circense não pode perder o encanto

O circo é um dos mais importantes veículos da produção cultural no Brasil. Até a década de 50 e 60, somente o circo conseguia chegar a todos os municípios do país. Os espetáculos tinham música, dança, teatro, acrobacias, mágicas, animais, era uma festa de cultura e diversão. Historiadores afirmam que não se pode contar a história do teatro, da música, dos discos e do cinema sem falar no circo. 
O circo constitui uma forma de expressão fundamental na formação cultural brasileira, por conta de sua itinerância e sua capacidade de influência em todo o território. A linguagem circense é uma das mais importantes manifestações das artes cênicas. Depois de atingir seu apogeu na primeira metade do século XX, o circo sofreu as conseqüências da remodelação das formas tradicionais e perdeu público devido à popularização das linguagens do cinema e da televisão. Nos anos 80, surgiram iniciativas de rearticulação do circo e de revitalização de sua riqueza, obtida graças à apropriação de elementos de diferentes culturas, linguagens artísticas e manifestações regionais. A diversidade de práticas circenses coloca desafios específicos para a elaboração de uma política para o setor.

Cabe ao poder público e em especial à Funarte (Fundação Nacional de Artes) criar condições para que o circo brasileiro possa ver suas demandas e precariedades resolvidas com apoio, capacitação e acesso a espaços dotados de condições satisfatórias de infra-estrutura e localização para suas apresentações. O Estado deve, ainda, promover a pesquisa e a preservação da memória das atividades circenses, visando o reconhecimento dessa tradição e a criação de programas de circulação de espetáculos, principalmente em regiões de maior isolamento geográfico.

 Relatório de atividades da Funarte
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