08/10/2016

Circo: uma arte milenar


O circo, segundo achados arqueológicos, parece ter sido a primeira forma de diversão artística que existiu no mundo. Ele se perde na noite dos tempos. Nem se sabe quando o circo nasceu. Os vestígios mais antigos são desenhos de malabaristas e mulheres sobre um cavalo ou um touro - não se sabe - que encontraram em grutas, no baixo Egito. Esses desenhos datam de 3700 a.C. 

Quem sabe quando nasceu o circo? Se um artista da época pintou no muro esse desenho, é porque o circo já era desenvolvido. O circo é a arte mais antiga de todas porque é espontâneo. É como a alma de uma criança: é  simples em sua essência e é uma criação individual, e não coletiva como o teatro, por exemplo. 
No Império Romano, os mambembes foram trabalhar para os nobres, na Corte, porque o circo tinha virado uma luta de animais contra animais, homens contra animais e, depois, homens contra homens. O imperador Constantino, ao professar o Cristianismo, proibiu  os sangrentos espetáculos. O circo romano não tinha nada a ver com a poesia do circo nascido em praça pública e que resistiu ao Império Romano. 

Trezentos anos antes, na China, artistas que se contorciam e se equilibravam sobre cordas já entretinham imperadores e visitantes estrangeiros. Com o fim do Império Romano e o início da Idade Média, no século 5, trupes de mímicos, ventríloquos, ilusionistas e equilibristas, entre outros, começaram a se apresentar em feiras e praças pela Europa. Pulavam de cidade em cidade, sobrevivendo de contribuições espontâneas. Só no século 18 é que organizadores de espetáculos perceberam que as pessoas pagariam para assistir a esses artistas do povo. Alguns palcos com entrada paga foram abertos no continente. Foi nessa época que Philip Astley teve sua grande sacada. 

Um dia o inglês Astley, um sargento da cavalaria britânica, teve a idéia de juntar, no mesmo espetáculo, os números com cavalos que ele preparava para a nobreza britânica e os saltimbancos que trabalhavam na praça pública. Em 1770  nasceu o primeiro circo moderno, com artistas e animais. Depois, veio o alemão Hagenberg, que foi o primeiro a entrar numa jaula com animais ferozes.
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